domingo, 4 de outubro de 2009

“Vai com Deus” – segundas reflexões


“Vai com Deus, meu filho”, para que não te percas em meio à escuridão da noite. Pois os que não souberem enxergar além do que os olhos podem ver, certamente não irão suportar o destino traçado por estes tempos de máquinas e de pressa.

“Vai com Deus”, para que seus caminhos lhe mostrem que é preciso viver sim, é preciso ser, e para isso, é necessário querer sair da mediocridade que assola as mentes mais inteligentes, levando-as à inércia, à não-vida.

“Vai com Deus”, e que Deus o livre das novelas, que só fazem alienar; dos McDonalds, sinônimos de falta de saúde e neoliberalismo; do consumismo; de muitos outros ismos; dos falsos deuses e das falsas verdades. Todos eles te enganam e te distraem da tua própria vida, das tuas próprias necessidades.

E quem hoje em dia poderá desejar a mim que eu também vá com Deus? Como não perder-me no meio do caminho? Qual deles leva de fato a Deus?

Que Deus nos ensine, pois os caminhos são muitos. A diversidade nos salvará, e o respeito às diferenças. Isso inclui a diferença de raças, de etnias, de práticas culturais, de credos e também a diversidade de espécies naturais e biológicas. A natureza está sendo disseminada porque não soubemos, não sabemos respeita-la, assim como não nos respeitamos a nós mesmos.

A unilateralidade nos detonará a todos juntos, levando-nos para o mesmo buraco. É preciso lutar pela diversidade, fazê-la presente em cada um dos nossos dias.
Portanto, "Vai com Deus". Mas não o Deus católico, perverso, que leva à culpa e auto-flagelação. Esse Deus exterior, que parece sempre tão distante. Vá com o teu Deus que também é você; com a tua Luz que também é a luz do outro e do mundo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que Deus continue guiando seu caminho Alê....
Bjo.
Erika